Wednesday, June 18, 2008

Vale do Cabrum - 20080614

No passado sábado, dia 14 de Junho, resolvi participar em mais uma Caminhada dos Carolas, desta vez pelo Vale do Cabrum, ali para os lados das Caldas de Aregos (Resende).
Como já começa a ser hábito, e devido à também já habitual falta de sono, consequência da igualmente habitual falta de organização (...), não consegui chegar às 07H 30 ao ponto de encontro n.º 1, razão pela qual fui ter ao reagrupamento na A. S. de Águas Santas.
Aí, e dado que se tornava incómodo e "time wasting" deixar ali o jipe (ou não) e embarcar (ou não) noutra viatura, decidi levar o jipe até Covelinhas.
Correu tudo muito bem enquanto viajamos pela A4 (que eu conheço muito bem), continuou tudo a correr muito bem até atravessarmos o Rio Tâmega, no Marco de Canaveses (que eu também conheço muito bem), e continuou tudo a correr muito bem até ao momento em que saímos da estrada que eu conhecia tão bem (porque o meu Avô Materno tinha a Casa ali perto, em Aldegão, S. João da Folhada, onde eu costumava passar um par de semanas em Setembro, para além das muitas vezes em que para lá ia participar nas vindimas).
Até aí, sentia-me nas minhas sete quintas, e só quando abandona-mos aquela via para prosseguirmos em direcção a Cinfães é que as coisas começaram a piar mais fininho: eu não conhecia aquela estrada!
Bom, como ia em caravana, só tinha que seguir o carro da frente e a coisa lá acabaria por resolver-se.
Pois! A viagem lá foi decorrendo até que, algures no entroncamento, com STOP, da N211 com a N210, deveria ter virado à direita. Mas não! Virei à esquerda!
Andei umas centenas de metros, e comecei a estranhar que o carro que ia à minha frente não levasse o auto-colante dos Carolas... "Bah! Deve ter caído.", pensei eu.
Entretanto, consegui ver a traseira do carro que me ante-antecedia... Well, well! Também não tinha o dito auto-colante.
Olhei pelo rectrovisor: Népias! Nem um carrinho para amostra.
Bem. Ali 200 metros à frente havia uma rotunda, e lá decidi fazer a inversão de marcha.
Vruum, vruum, lá fui eu pela estrada fora, todo contente, na expectativa de chegar brevemente à cauda do pelotão, mas... nada.
Em vez disso, encontro à minha frente um monstrengo dum tractor com reboque auto-tanque que foi o tempo todo a circular a 20 ou 30 Km/h, e que não havia meio de parar, de sair da frente, de mudar de direcção... Nada! Ultrapassá-lo estava fora de questão, porque o motorista só saía do meio da estrada para deixar passar os veículos que vinham de frente. E, verdade seja dita, eu também ia a curtir a paisagem e a condução e não me apetecia começar a buzinar na expectativa (muito remota...) que ele me deixasse passar.
Acabei por parar numa povoação (talvez Paredes de Viadores), onde procurei assegurar-me que estava no caminho certo. E estava.
Lá continuei eu, estrada fora, até que cheguei a outro entronca-mento. O Rio Douro, um poucochinho mais abaixo, chamava por mim. A voz da sereia, pensei eu...
Logo ali, havia um pequeno Café com parque privativo, pelo que decidi ir tomar outro cafèzinho e confirmar se devia seguir por aquela estrada até ao Douro ou continuar pela outra. O homem nunca tinha estado em Covelinhas, mas lá me informou que devia seguir pela estrada em direcção a Resende (isto é, pela outra...) até encontar a indicação para as ditas Caldas.
Atravessei Porto Manso, passei a 50 à hora numa ponte (Ponte de Mosteirô) onde só se podia andar a 30 (!!!) e, ao aproximar-me de outro entroncamento (eu chamar-lhe-ia bifurcação) dou de caras com a cauda do pelotão e com o Alfredo Barbosa a agitar os braços a dizer-me para seguir adiante.
Bom, pensei eu, é aqui!
Faço uma manobra de estacionamento irrepreensível, saio do jipe, todo prazenteiro (Prova superada!) mas observo, estupefacto, que os Alfredos voltaram a tomar posições no interior do carro deles.
Pois é. Ainda não tínhamos chegado a Covelinhas!
Lá arrancamos outra vez e, poucos minutos depois, atingíamos o nosso destino.
C'est tout.
Agora, o resto da história, vai ser contado pelas fotografias que depois fui tirando ao longo da nossa caminhada pelo vale do Cabrum.
Antes das fotografias, porém, tenho que lamentar, mais uma vez, o péssimo trabalho feito pela Sempre-Id com o rolo que lá deixei.
Pedi-lhes para me digitalizarem os negativos à resolução de 6 MP (2848X2136). A menina que estava a atender-me esbugalhou-me os olhos como se eu estivesse a fazer-lhe alguma proposta indecente... ou a falar-lhe num dialecto de Proxima Centauri. E perguntou-me se eu queria as fotografias com dois metros e tal por... Santa ingenuidade!!! "Não, menina, valha-me Deus!", respondo eu já meio desesperado. "Estamos a falar de pixels!...". Enfim, lá chamou um colega que me informa que "As dimensões em pixels não lhes diziam nada." (SIC) e que o que eu queria era o rolo digitalizado a 16 JPG. Lá disse que sim, mas esperei o pior...
Quando fui lá buscar o trabalho na terça-feira e regressei a casa, verifiquei que 16 JPG é equivalente a 3360X2240 (7.53 MP). Quanto à resolução, menos mal. Só que a qualidade das imagens (as primeiras 36) é francamente pior do que as que foram tiradas com o ranhoso do meu telemóvel (as últimas 24, a 3.2 MP).
Vou ter mesmo que mudar de laboratório...
Mas, de momento é o que há.
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